terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Cabeça de Vento


Cabeça de vento...
Liga à terra como um fio de prumo
feito de fios que partem,
sem se ver, ditraídos, desatentos...
Cabeça de ventos...
Perdida, voa pela vida como
se não houvesse precisão
de a contrariar, controlar...
Sempre...
E as coisas, obviamente, más e boas,
todas iguais, todas diferentemente iguais.
E os sinos que badalam a dar as horas
a desviar a atenção àquilo que se quer,
atento...
Cabeça de vento.
Sorte a tua, por agora, que o que
perdes nesse éter de dentro,
não desvia quem te quer,
e segue contigo o teu rumo...
Sorte a tua que a vida
ainda se não lembrou de te
dar um coice valente
que te entre, força adentro...
Cabeça de vento...

1 comentário:

Cláudia Silva disse...

Cabeça de vento, porque tens tu medo de tocar no real da vida e te mantens à deriva nessa tua tempestade de cores?