quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Cheguei...



Cheguei... acho que cheguei.
Não...
Tenho a certeza que cheguei.
Estou bem aqui, estou bem assim... como já não estava há tempo.
Sinto agora a força de querer, a percorrer o meu âmago e a apoderar-se da minha vontade.
Agora já sinto o pulsar da vida nas minhas veias e sabe-me bem.
Sabe que nem o sabor do mar nos dias de verão.
Que nem o doce do mel e da compota de morango da avó.
Que nem o quente da lareira numa noite fria de inverno.
Que nem uma brisa fresca da manhã quando olhamos o nascer do Sol.
Já não tenho medo do que venha.
Mesmo que venha, já não tenho medo.
Sou vivo... e nem sabia que o era até agora, mas sou.
E nem o mais forte sopro de tristeza me arrancará deste pedestal onde me puseste.
E daqui vejo o dia a clarear e pasma-me o belo que é...
Daqui vejo o azul do ceu e deslumbra-me o azul que é...
Mesmo que ao longe estejam as nuvens de furia e tempestade, estão longe por ora e eu estou aqui.
Aqui espero que cheguem ao meu pé, e quando a mim chegarem as nuvens de furia, serei mais forte e daqui não saio...
Porque acho que, finalmente, cheguei...

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