sábado, 23 de janeiro de 2010

Raiva



Raiva...
Desprezo e déspotas que lutam de mãos dadas.
Favores que se rasgam do céu vermelho,
fisgam os olhos dos outros de farpas acesas de fogo.
Borbulham os inocentes no caldeirão de injustiças.
Agrestes a tudo o que possam agarrar de bom
só por ter medo de, mais uma vez queimar a mão
já de si fraca pela carne podre que a segura à vida.
Desprezo do Divino pelo comum, julgado abaixo de Si.
Sem sequer merecer, é atingido por martelos de dor e sofrimento.
Sem que o diga sou incapaz de fazer diferença.
Sem que o não faça continuo a lutar.
Sem que possa desistir viro-me do avesso.
Tento de novo...
Tento de novo...
Tento de novo.
E logo me prostro no chão negro de cinza ardida do fogo de hoje...
Mais um dia a remar contra a maré...

1 comentário:

Cláudia Silva disse...

Ha sempre os que se resignam e decidem segui-la... que piada teria a vida se o fizessemos?