sábado, 18 de dezembro de 2010

Por aí


Não há sentimento forte...
Levanta-se de mim um pássaro
que foge pela janela aberta...
O frio que se entrelaça pela fresta
da porta de madeira velha,
invade este meu espaço perfeito.
A porta, fechada ao reboliço da rua,
engrandece-se ao meu olhar...
Como que dizendo-me que não...
Os sons da rua já espreitam
pelos raios do Sol...
As gotas do orvalho já adormecem
na erva do jardim...
Estes sons absurdos que teimam em
bater-me ao ouvido, já se entendem melhor...
Ou então é só um murmúrio dos céus...
Talvez um fraco som de esperança.
Talvez um sorriso matinal...
Talvez agora entenda e me dê vontade
de correr...
Por aí...

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