quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Um sentido


Estava a ver-te lá do fundo...
Nem dei conta do tempo que passou.
Descobri que é fantástico
quando nós perdemos a noção
do tempo que passa só porque
nos agrada a companhia...
Estavas por lá, à espera.
E eu queria, juro que sim...
Mas algo me puxava para trás
de sempre que ordenava
aos meus pés que fossem
de encontro aos teus.
E fiquei, a ver-te de longe...
Só queria que o mundo parasse
por um minuto e pudesse,
sei lá como, fazer-te senti-lo,
parado, só por tua causa.
E nesse instante o sentido das coisas
virava-se ao contrario,
e os pássaros deixavam de fazer sentido,
e a chuva, de repente já não
parecia tão parva, de molhar parvos.
E já podia o Sol iluminar-me.
E aí tu olhavas para mim
e já perceberias o meu sorriso...
Aí entenderias o que sinto por ti.

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