quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Histería


Ainda agora estive aqui.
Ainda agora senti o que já há
muito não me corria nas veias.
E assim sem mais nem menos
fez-me tremer de excitação.
Ainda agora tremi...
E o sentido deste sentimento
era contrario...
Que nem o vento, quando queremos
fechar a porta, com a janela aberta.
Ainda agora estavas aqui...
E Eu aqui, também, a sentir
que aqui estavas...
E foi bom senti-lo outra vez.
Sentir-te mais uma vez e
mais uma vez sentir que
o sentimento não faz sentido.
E ainda agora tudo parecia
paralelo e rectilíneo, e,
de repente, parece
que o vento fez escaqueirar
a porta e a janela se abriu,
e ele entrou, chão adentro e
levantou e rodopiou
os cortinados e o tapete.
Ainda agora estava aqui
tudo calmo e já já,
está tudo virado do avesso,
na alegria histérica
da teoria do caos...
Ainda agora aqui estive,
só que agora quero cá ficar...

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