sábado, 30 de junho de 2012

Nem que fosse...



Um dia ouvi-te no vento...
O som que ele tinha,
um suave murmúrio
do tempo que passa...
E às vezes sentia-se o som...
Nem que fosse ao de leve...
Um dia esperei-te na chuva,
molhado e esqueci o sentido
das coisas que quis...
E nem olhei para trás.
Nem por um momento que fosse...
Fiz um percurso na areia
para que o seguisses,
que o mar apagou assim
que me voltei para o ver...
E o som de uma gota de chuva
nem sequer é audível a quem
o não queira...
Não como o som do mar...
E eu não queria.
Mas um dia ouvi-te no vento...
E matou-me devagar a saudade.
A vontade...
Esperei-te na chuva e,
a ouvir-te no vento,
e o vento a deixar-me aqui,
só, exausto em tanto esperar,
de te ouvir e não ver...
Sentir...
Nem que fosse...



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