quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Corpo nu


Corpo nu...
Há um som estranho
nas paredes do quarto.
Um copo de vinho,
meio cheio,
meio perdido...
Os lençóis que já
não estão no lugar.
Corpo nu...
Um aroma a desejo
que paira nos lábios...
Um fulgor de anseios
que se chocam em cadeia.
A cadeira que baloiça
ao toque um beijo.
Corpo nu...
Estendido nos braços meus,
desejo...
Sentidos abertos,
desertos, malvados...
Fraqueijam-me os dedos
já trémulos de ti,
de um toque que
já não seja irreal...
Um suspiro, ultimo,
e adormecer tranquilo,
sereno,
bem junto ao teu...
Corpo nu...

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