sábado, 18 de abril de 2009

O grito da alma

Pensa... pensa no incessante desespero que é ser-se impotente para mudar...
mudar assim, só porque se quer e se deseja, mudar de uma forma que nem tu conheces ou sabes sequer se é possível...
Mas é... e tu sem que o saibas assim, por fora, sabe-lo por dentro e sempre o soubeste.
Sabes que a descoberta da alma se faz sem mudança e que a alma nunca precisa de ti...
Nem eu preciso de mim...
Nem eu sei de mim e quando me procuro, aquilo que vejo é o que tu e a alma me mostram e não gosto... não gosto de mim assim e detesto aquilo que origino.
Por isso, e não por ti... por isso, mudo... e essa mudança vai trazer consigo o inicio de uma etapa que até pode ser igual, mas será sempre diferente para quem a queira olhar com olhos de esperança...
Longe... bem longe daqui seremos outros e veremos essa etapa como uma passagem da vida que se gastou e serviu o seu propósito.
Mas quero que penses... pensa na imensidão do que pedes e responde aos apelos da alma quando ela te gritar de surdina... lá no fundo do teu ser...

1 comentário:

Cláudia Silva disse...

Mudar custa...dói. Mudar implica sempre remexer nas feridas de outros tempos...implica cura-las... é como deitar alcool numa ferida acabada de fazer.. Um ardor quase insuportável que no fim de tudo se mostra como um alivio... como se no fim de tudo colocassemos creme fresco na pele dorida.

Mudar doi..mas o que doi também nos faz crescer. Não tenhas medo de te descobrir, de procurar o que mais te magoa...de remexer nas feridas..de por o dedo e torçe-lo até não aguetares mais. Aí vais perceber o que tens que resolver...aí vais perceber que nao podes deixar as feridas abertas.

Depois de as fechares a mudança está feita...resta-te saborear o doce sabor da vitória...e sorrir.
Aí podes andar em frente e aprender a partilhar os teus dias com alguém que realmente mereça!

Vive...conhece-te!