segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sonhos...


Já não estás cá.
A janela aberta deixa entrar o calor de um dia de verão.
Ao longe, as árvores do jardim procuram-te sem sucesso.
Eu procuro-te com elas...
Deixam-se levar por conversas e boatos
que os velhos do jardim mandam para o ar.
Escutam o cantar do vento em busca de uma nota da tua voz.
E eu olho para todo o lado,
na esperança de a qualquer momento
encher meu olhar com o teu corpo de mel e estrelas.
Na esperança de te encontrar primeiro.
Já não estás lá.
A janela aberta nada de novo traz à sala,
para lá do quente de Agosto.
Lá em baixo correm os carros e as gentes,
e nem sabem o bom que é quando tu vens...
E nem sonham o que é saber que existes.
E se soubessem vinham também,
comigo,
com a árvores,
procurar e encontrar-te primeiro,
para se perderem no encanto.
Para se perderem no recanto
da mente que guarda
o mais belo dos sonhos...
Para ti...

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