sábado, 15 de maio de 2010

Deixa-me


Deixa-me sair daqui...
Assim como quem sai de manhã para o trabalho,
sem olhar duas vezes para o que ficou por fazer.
Deixa-me sair de ti...
Fugir-te e perderes-me de vista e nem sequer
quereres procurar-me pelos recantos...
Deixa-me chover por ti abaixo
e molhar a tua pele fria e calada.
Deixa-me ser a luz de um breve instante de Sol.
Secar a agua que jorrei por ti abaixo
e aquecer a tua Alma...
Deixa-me despir o momento...
Devagarinho...
E sentir que o tempo foge ao controlo do mundo
e se refugia no lado esquerdo do meu peito...
Deixa-me sair daqui...
Assim como como quem sai de mansinho
de uma vida que se pensava a certa...
Deixa-me sair de ti...
Desaparecer por ti a dentro e esconder-me
no teu âmago e Tu!!... Tu bem querias
encontrar-me, mas Eu!!!... Eu escondia-me de ti...
Assim me deixasses...

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