terça-feira, 18 de maio de 2010

Mar de tempo


Já é tarde, sabias?
Já há muito dia e luz para trás.
É muito mais que um simples acordar.
É um murro no estômago quando menos se esperava.
E Eu nem sei onde vou, daqui.
Só sei que é tarde, já...
E tu és longe, e perto ao mesmo tempo.
Agora e ontem, assim, de repente...
Fuga ao nexo e ao desalinho.
E Eu não entendo, mas aceno com a cabeça,
como se tudo fosse óbvio, claro!
Pois então?
Já é tarde, sabias?
Já é tarde e eu tenho de por as
minhas coisas no carro e sair...
Temos os caminhos trocados.
Há um mar de tempo
entre os nossos dias.
Um mar de tempo
entre um olhar.
E mesmo que não entenda
porque o faço, assim, de animo leve,
nada me impede de o fazer...
Bem podias...
Mas era pedir demais.
Nem Eu mereço isso...

2 comentários:

Joana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Joanne disse...

Olá Diogo! Gostei muito do teu espaço, gosto de palavras sentidas. Continuarei a visitar as tuas linhas. obrigada pelo comentário.