quinta-feira, 27 de maio de 2010

Silêncio


Já não há nada aqui.
Já não há sons que invadam o ouvido.
Já não há passos dados no chão frio de pedra.
Já não há gritos de prazer num momento bonito.
Já não há luz que me diga o caminho.
Já não há nada aqui.
Já não hás tu.
Já não há o nosso tempo.
Já não há nada.
Nada que possa agarrar e dizer que é meu.
Que quero guardar comigo para sempre.
E para sempre até nem parece longe
quando já nem há nada...
Fecho os meus olhos.
Cá dentro, o Mundo que criei,
e tu nele, fitas-me com
o teu olhar de mel e cor.
É vivo o meu Mundo.
É um Mundo como deve ser.
E penso...
O Mundo que quero é este.
Abro os olhos...
Silêncio...
Perde-se o Mundo na memoria...
Aqui? Nada...
Já nem o silêncio se digna a ficar.
Um tudo de nada...
E já nem há nada aqui...

2 comentários:

Anónimo disse...

é triste... mas cada um tem akilo k merece...

Anónimo disse...

Há sempre....
...Talvez procures nos sitios errados...

Beijo,
mana (Joana)