terça-feira, 13 de julho de 2010

Valentes


Valentes...
Frios de sentimentos e sentidos contrários...
Fingindo força onde ela se esvai sem dó nem piedade.
Gagos à deriva na agitação das águas turvas sem fundo.
Valentes...
Quando assim que chega alguém mais sentido
cai por terra a força que se fingia de ferro.
Tremem-se as pernas e a alma...
As ideias começam a fugir...
Valentes...
Aqueles que conseguem sentar-se
ao fundo da sala e não verter um sentimento...
Nem uma lágrima...
Só silencio...
Valentes...
Os que ficam e que sofrem por ter agora
uma pontada de não se sabe bem o quê
a escangalhar o lado esquerdo da Alma...
Valentes...
Os que ficam e têm a dor pela frente.
A dor para sempre...
A lembrança do que foi...
E pior, a lembrança do que já não é...
Valentes...
Que sem saberem vão passar
pela noite antes de poder
ver um raio de Sol na manhã
Que aí vem...
Esses são valentes...

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