terça-feira, 29 de setembro de 2009

Calma?


Dedos desprendidos que se movem pelo ar e desejam tocar algo...
Algo que se sinta e se delicie com o seu toque.
Toque de seda... suave e fresco como o ar que toca os dedos...
desprendidos...
Desprendidos pensamentos que voam ao desbarato
pelo recanto imenso da mente.
Mente que perde o sentido e a razão...
que perde o seu tempo
sempre que se encontra no limbo das emoções...
Emoções que nada mais são do que ideias soltas
que enganam e magoam a mente...
Mente que torna fria a dor,
que transforma em angustia a calma
e revela o medo da incerteza...
Incerteza do não sei bem de quê,
não sei como, nem quando... onde?
Onde te encontras calma minha,
que partiste há já tanto tempo e teimas em não voltar...
Volta, mas depressa volta,
para que te possa de novo sentir e vibrar
com a sensação bela que é ser-se feliz...
nem que seja por um tempo em que se não sinta...
Sinto... com os dedos desprendidos que se movem pelo ar...
sinto a calma que tenta voltar
mas na minha mão os dedos estão zangados uns com os outros
e com a mão aberta não te consigo, calma, alcançar...

1 comentário:

zuquizen disse...

calma.. palavra sempre bem vinda! adoro ouvi-la..