domingo, 20 de setembro de 2009

Não consigo


Escrevo estas linhas para ti.
Para que saibas que agora estou tranquilo...
Escrevo-tas apenas porque quero e não porque o tenha de fazer... ou o dizer...
Escrevo porque me apetece e não porque ache que é obrigação.
Escrevo para que leias... para que percebas...
Para que ao ler estas palavras possas delas tirar algo...
Algo que sirva o seu propósito.
Penso no que escrevo?
Não... claro que não... nem sequer penso no que digo ou faço...
vou lá agora pensar no que escrevo?
O que escrevo está aqui e por aqui consegues conhecer-me bem...
ver e sentir a minha mente que divaga
por estes esboços daquilo a que chamam textos...
Escrevo a minha calma... no meio da tempestade.
Escrevo a minha dor... no meio da maravilha
Escrevo a minha dúvida... no meio da certeza.
Mas o que escrevo, quando escrevo é o que sinto quando o sinto...
sem pensamentos, sem regras que ditem seja o que for...
Escravo da escrita, só porque me custa dizer-te com todas as palavras
aquilo que vem cá dentro...
Mas escrevo porque quero... quero que saibas por escrito...
tudo o que te quero dizer e,
não sei porquê,
não consigo...

2 comentários:

Paula disse...

Claro que consegues!... Não hoje, talvez não amanhã. Não há tempo determinado para que consigas!
Escreve todas as linhas até que a alma te doa.
Mergulhaste no profundo silêncio das palavras, e agora, só as letras traduzem os sentidos.
Escreve a esperança!...

Beijo Grande*

zuquizen disse...

E,nunca saciado
vai colhendo
ilusões sucessivas no pomar
sempre a sonhar
E vendo
acordado
o logro da aventura.
ÈS homem,não te esqueças!
só é tua a loucura
onde com lucidez,te reconheces.

Miguel Torga