quarta-feira, 10 de março de 2010

Chama-me


Junto os medos e os porquês,
chamo-te a meio da noite...
Levo-te uma mão cheia de nada,
uma mão viciada no cigarro
que queima pouco a pouco
a Alma já de si fraca... Fria...
Não me chames a meio da noite.
Traz-me antes uma mão...
a tua mão, cheia de tudo.
Junta os porquês com os medos.
Junta tudo, põe na mão, na tua mão,
para que se encha, e assim,
com uma mão, a tua mão, cheia de tudo,
eu junto a minha à tua...
Chama-me a meio da noite,
e com a mão cheia de de tudo,
eu vou para ta dar, para te abraçar
e ao teu âmago, com um abraço
daqueles de que sei, te lembras bem...
Chama-me e eu vou...
Mas chama-me só com uma mão cheia de tudo.
Vem ter comigo e fala...
E junto tudo o que tenho para to mostrar.
Quando tu queiras...

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