sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Escreve


Escreve...
Expime em palavras o teu dentro.
Faz com que possam os outro ler o que sentes.
Ainda que o não entendam como tu,
escreve...
Põe cá fora os teus medos...
Faz com eles aquilo que fazem contigo...
Deixa-os à mercê da vida
e da crueldade dos outros.
Dá-lhes um pouco do seu veneno...
Escreve...
Partilha com quem amas esse amor sem limites
que tanto insistes em prender dentro do teu peito,
como que com medo que saia e teime em não voltar...
Escreve...
Faz palavra o teu pensamento,
já que fazê-lo voz não consigas... ou não queiras...
Torna real a ilusão que te assola a mente
e te leva onde desejas... ou não...
Hoje! Fá-lo hoje... agora que eles estão ai à porta,
prontos para sair directos para a folha de papel.
Escreve...
Escreve o teu ser...
Escreve a tua alma e espelha-a no sentido da vida
e assim... assim talvez consigas que te entendam
e até, quem sabe, te aceitem.
Escreve...
Ao escreveres estás a dar futuro aos teus pensamentos
e por pouco que seja, será por certo
uma razão de existir...
Porque se o não fizeres, eles vão ficar aí...
só para ti...
e eventualmente cairão no esquecimento...
E que morte mais atroz é aquela de desaparecer
sem que ninguém note a nossa falta...
Escreve...
Dá coragem ao que pensas,
de poder voar para fora de ti
e pelo mundo fora tocar quem precise...
Escreve...
porquanto o fizeres estarás em vida sempre que te leiam....

4 comentários:

Paula disse...

Espelho da alma...

Beijo mano*

Anónimo disse...

...inspiração puxa inspiração!è isso tudo... continuemos....beijo

Anónimo disse...

O que escrevemos para os outros, provoca sempre uma reacção neles. Pode ser uma reacção contrária aos nossos desejos e vontades, mas é sempre uma reacção que é preciso saber aceitar e com a qual é preciso saber viver...

Beijo,
Rita

Unknown disse...

Somo imundados a cada instante de Medos e cruelades dos nossos pensamentos que no mesmo segundo se podem tornar ilusões e para o ser o humano melhor será mesmo que caim no esquecimento, mas se registadas num qualquer pedaço de papel, ainda que não pareçam ter importância, ai sim ai:
"...porquanto o fizeres estarás em vida sempre que te leiam..." nunca se esqueceram!

Sílvia Patrícia