sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Mel


São nove horas...
E a cada hora que passa espero, desespero...
sozinho com a nevoa que me começa a envolver...
São nove horas...
E eu aqui espero por ti...
por um pouco de mel que me possas trazer,
por um pouco de doce que são as tuas palavras
um pouco de ti sempre é melhor que nada...
São nove horas...
Olho para o relogio e sei que são horas...
O dia cai em espaço sem fundo...
e arrasta consigo a noite,
que carrega de pontos brilhantes o céu outrora azul...
São nove horas...
Há horas atrás olhava para este ponto e sentia-o longe,
lá longe, distante de poder acontecer...
e queria-o como quero o ar que respiro...
São nove horas...
O som do comboio que parte da estação à hora certa...
São nove horas...
O resquicio de dia que me foje pelos olhos...
São nove horas...
O brilho das luzes feias e fracas da rua,
cada vez mais vazia de gente... de vida...
São nove horas...
e a cada hora que passa, eu te espero e desespero,
porque passa a hora e tu não vens...
São nove horas...
já esperei demasiado...
vou sair de mansinho deste meu sonho mau
e sem que ninguém veja a minha mágoa,
entrar pela rua agora vazia de sons...
de sentimentos...
Só...
ela e eu,
fundimo-nos no escuro da noite que cai...
São nove horas...

5 comentários:

Sofia disse...

mas que poemas mais lindos....
muito original.....a tua pagina...
tambem quero....

zuquizen disse...

Gostei mesmo muito! è lindo!

zuquizen disse...

só não acredito q no fim do texto ainda fossem nove horas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Sem palavras...
Beijinho grande,
Rita

Anónimo disse...

muda as pilhas...e acerta o relógio.Aquele abraço.